Há dias demos a conhecer a lista de todos os bens recolhidos, e as suas respectivas quantidades. Agora veja as fotografias da recolha e da respectiva entrega dos donativos à associação "Terra dos Homens".
Fotos da recolha
Fotos da entrega
SEM ABRIGO
Olhamos para eles e sentimo-nos incomodados.
Incomodados e impotentes.
Podemos aliviar a consciência com uma moeda.
Ou com comida.
Ficamos aliviados mas não curados.
Há qualquer coisa que continua a roer por dentro.
A culpa não é nossa.
Individualmente.
Se calhar nem deles.
Individualmente.
É bom que nos sintamos incomodados.
Será ainda melhor que façamos alguma coisa.
Alguma coisa significativa.
Alguma coisa que os alivie.
E tambem alguma coisa que evite o aparecimento de outros como eles (eventualmente nós próprios).
Anónimo
Lista de bens recolhidos
O resultado final da recolha de bens materiais e alimentares que realizamos na localidade de Vila Caiz foram os seguintes:
Ø 33 de bolachas
Ø 21 arroz
Ø 2 de cereais
Ø 12 de massa
Ø 8 quilos de feijão variado
Ø 2 embalagens de sumo
Ø 1 de açúcar
Ø 1 marmelada
Ø
Ø 2 estojos
Ø 1 livro de pintar
Ø 12 cadernos pautados
Ø 1 esquadro
Ø 106 roupas de bebé
Ø 27 roupas de criança
Ø 20 roupas de adulto
Ø 1 alcofa
Ø 1 roupão de bebé
Ø 1 cobertor
Ø 29 brinquedos
Ø 3 pares de sapatos de bebé
Perante este resultado, podemos concluir que a população é muito solidária e que se interessa pelos problemas sociais. Tiramos algumas fotografias durante a entregas dos bens, onde uma funcionário e o respectivo cozinheiro se mostraram muito prestáveis e simpáticos. Estas fotografias serão exibidas brevemente.
" Entre as dores que mais merecem Solidariedade está a dor da idade"
Anónimo
Uma das nossas tarefas que nos propusemos fazer foi tentar perceber os motivos pelos quais muitas pessoas, essencialmente jovens, ingressam no mundo da droga. Apenas ainda realizamos dois questionários devido à sua aproximação em relação ao grupo.
Decidimos colocar questões diferentes, uma vez que temos mais intimidade com uma destas pessoas inquiridas, e como tal podemos abordar assuntos de foro mais privado.
Questionários a toxicodependentes
Idade:24 Sexo: Masculino Profissão: empregado de construção civil
R. Na verdade não foi nenhum motivo em concreto!
R. No grupo de amigos com que costumava parar, era frequente o uso de drogas. Ao principio era me indiferente, no entanto, com o passar do tempo comecei a ficar curioso com a sensação que eles sentiam quando fumavam aquilo. Então um dia enquanto eles fumavam pedi a um deles que me deixasse experimentar e gostei. A partir daí comecei a consumir.
R. No início comecei apenas por fumar socialmente com eles, mais tarde começou a tornar-se um vício. Actualmente fumo mais ou menos 4 charros por dia. Desde o inicio que fumo aquilo a que chamam charros de chocolate.
R. É verdade que agora há vezes em que começo a sentir falta de algo que me dê uma sensação mais fortes mas para já não.
R. Sim, tenho bastante facilidade em arranjar visto que a maior parte das vezes compro a meias com outros amigos, e além disso conheço bastantes pessoas que “passam”.
R. Para ser sincero ainda não senti muito essa vontade, já pensei nisso, mas falta-me aquela força de vontade que é preciso ter.
R. Apenas uma vez e para fazer a vontade a minha mãe.
R. Sim, para já sim. Trabalho, o que me permite alimentar o meu vício sem problemas.
Idade: 18 Sexo: Masculino Profissão: Servente de construção civil
R: Sim. Tenho amigos assim.
R: Mais ou menos, às vezes forçam-me a consumir, mas também por vezes é por vontade própria.
R: Sim, mais ou menos aos 14 anos.
R: Sei lá. É uma sensação de andar pelo ar. Um “gajo” começa-se a rir…
R: Sim.
5.1.O que o motivou a experimentar?
R: Os amigos.
5.2. De que forma é que se droga?
R: Apenas fumo “polen”.
5.3. Tem facilidade em a obter?
R: Às vezes, porque há falta de passadores, muitos estão emigrados em Espanha.
5.4. Depois de experimentar, continuou a consumir?
R: Pouco.
5.4.1. Se sim, já alguma vez tentou parar?
R: Não, porque às vezes gosto de sentir a sensação.
5.5. Alguma vez já procurou a ajuda de alguma casa de recuperação?
R: Não.
R: Sim.
R: Não, porque depois daquilo que já fiz, não quero mais.
R: Às vezes lembro-me, e por vezes faço coisas “maradas”, mas nada de muito grave.
R: Sim, alguns são jovens outros mais velhos do que eu. Muita gente sabe da existência deles, mas ninguém os denuncia.
R: Não é muito caro, as coisas mais caras são o haxixe, etc…
R: Compro sozinho, gasto 20 paus (20€) por um bocado do tamanho mais ou menos de um isqueiro.
R: A “Bolota”, que fica como um palito; a “Castanha”, derrete-se “tipo” a terra; “MD”; “Sabonete”; “Chocolate”; “Polen” e droga da pesada.
"Se você já se decepcionou com conflitos em suas relações com amigos ou com pessoas queridas, precisa compreender que cada relação é única. Para nos sentirmos satisfeitos, não precisamos ter relacionamento com todo mundo, e sim se alegrar com nossos relacionamentos felizes e administrar da melhor maneira possível os relacionamentos problemáticos"
(Tamura,1997)
"A medida da vida não é a sua duração, mas a sua doação."
(Peter Marshal)
Ser solidario não custa.... Uma das nossas caracteristicas é a persistência, e a vontade inabalável de ajudar os que mais necessitam.
Actualmente, já temos em mãos duas entrevistas que fizemos a pessoas que por fraqueza ou vontade entraram no mundo da droga.
Iremos colocar à disposição, de toda a população, uma lista de contactos necessários que contém números das associações de apoio à vitima, contacto de bombeiros, entre outras instituições para casos de emergência.
Brevemente vamos também entregar a associação "Terra dos Homens", os bens doados pela população Amarantina, na recolha já desemvolvida.
"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram,
mas na intensidade com que acontecem.
Por isso existem momentos inesquecíveis,
coisas inexplicáveis e
pessoas incomparáveis".
Anónimo
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